Mercados asiáticos devem avançar com prudência em antecipação à reunião entre Trump e Zelensky
O desempenho futuro das atividades na área permanece cauteloso, com investidores acompanhando de perto os acordos entre Estados Unidos e Ucrânia, além d…
As bolsas asiáticas devem abrir com cautela antecipando as negociações entre Donald Trump e Volodymyr Zelensky, após a cúpula EUA-Rússia sobre a Ucrânia não resultar em um acordo de cessar-fogo.
Os contratos futuros nos EUA mantinham-se estáveis no início da sessão, após o S&P 500 registrar queda na sexta-feira, e o dólar se apresentava em um intervalo limitado em relação às principais moedas.
A queda nos preços do petróleo ocorreu, pois Trump evitou aplicar tarifas adicionais à China sobre as importações de energia da Rússia. Antes de se reunir com Vladimir Putin, Trump declarou aos aliados que um cessar-fogo era sua principal demanda e ameaçou tomar medidas severas contra Moscou e seus compradores de petróleo caso não fosse atendida. Até sexta-feira, indicou não ter pressa em aplicar sanções.
Os investidores esperam a reunião entre Trump e Zelensky, agendada para segunda-feira, enquanto poucas informações sobre as negociações entre EUA e Rússia foram divulgadas.
A reação do mercado deve ser branda, considerando que muito ainda depende da disposição da Ucrânia em aceitar os termos da Rússia. No entanto, a esperança é poderosa e este resultado mantém vivo o lento avanço do sentimento de maior risco.
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Os contratos futuros na Ásia sugerem que os índices de referência da região podem diminuir, em linha com o desempenho das ações nos EUA, que registraram queda de valores recordes na sexta-feira, após dados indicarem deterioração da confiança do consumidor e elevação das expectativas inflacionárias.
Esta semana, os investidores monitoram os indicadores de inflação do Japão, que podem sugerir se o Banco do Japão retomará o aumento das taxas de juros ainda em 2023. As taxas de empréstimo da China também serão observadas, considerando a expectativa de novos estímulos econômicos para lidar com a disputa comercial com os Estados Unidos.
O Banco Central da Nova Zelândia deve adotar uma política monetária mais branda, e o mercado acompanhará se haverá sinais de cortes adicionais para apoiar a economia.
Preveem-se um corte e uma trajetória mais baixa, porém existe o risco de que a orientação desapontes o mercado. Podemos também observar divergência de votos, o que pode gerar risco de alta temporária para juros.
Ademais, o Reino Unido e a Zona do Euro deverão apresentar dados de inflação, enquanto a Alemanha terá divulgação de leitura de crescimento. Os traders também se posicionarão antes do simpósio anual do Federal Reserve em Jackson Hole, onde o discurso do presidente Jerome Powell será acompanhado em busca de informações sobre uma possível redução das taxas de juros em setembro.
O Fed examinará minuciosamente os dados do mercado de trabalho, desemprego, inflação, mas ainda assim diminuirá as taxas de juros, declarou Kit Juckes, diretor de estratégia cambial do Societe Generale.
Principais movimentos do mercado nesta manhã (horário de Tóquio):
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Fonte por: InfoMoney