Mercados Globais Reagem Positivamente à Reabertura dos EUA

Negociações para encerrar o shutdown nos EUA injetam otimismo nos mercados globais. Reabertura do governo americano reacende expectativas de corte de juros pelo Fed em dezembro

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(Imagem de reprodução da internet).

Negociações para Encerrar o Shutdown nos EUA Estimulam Mercados Globais

As negociações para encerrar o shutdown nos Estados Unidos ganharam força, injetando otimismo nos mercados globais. Essa retomada das negociações reforça a expectativa de que o Federal Reserve (Banco Central) possa reduzir as taxas de juros em dezembro, impulsionada pela retomada do crescimento econômico após a paralisação do governo.

Paralelamente, o Brasil também experimentou um ambiente mais positivo, com a ata do Copom (Comitê de Política Monetária) adotando um tom mais brando, combinada com a inflação de outubro abaixo das expectativas, reacendendo as chances de início do ciclo de cortes na taxa Selic em janeiro de 2026.

Eventos e Expectativas Econômicas

A agenda econômica está repleta de eventos importantes, incluindo o relatório da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) sobre o mercado de petróleo, dados de serviços, discursos de dirigentes do Federal Reserve e balanços corporativos, com destaque para o Banco do Brasil após o fechamento do pregão.

A expectativa é que esses eventos forneçam mais informações para que os investidores avaliem a direção das políticas monetárias e fiscais.

Mercado de Commodities e Cenário Internacional

No mercado de commodities, o petróleo enfrenta sinais de oferta elevada, mas a reabertura do governo americano pode estimular a demanda e limitar as perdas. A volatilidade continua alta nos setores de tecnologia e inteligência artificial (IA), após a saída do cientista-chefe de IA da Meta e novas quedas de empresas ligadas ao tema.

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Nos Estados Unidos, a Câmara dos Deputados deve votar ainda hoje o pacote de gastos aprovado no Senado, permitindo a reabertura completa do governo e o envio do texto para assinatura do presidente Trump. Nos mercados asiáticos, o otimismo com a reabertura dos EUA guiou os pregões, apesar da queda do SoftBank após a venda integral de sua participação na Nvidia para financiar investimentos em IA.

Cenário Brasileiro e Expectativas de Juros

Por aqui, o ambiente segue favorável, com a inflação de outubro avançando apenas 0,09%, acumulando 4,68% em 12 meses, resultado abaixo das expectativas e acompanhado por núcleos comportados. Esse alívio reforça a leitura de desinflação consistente e elevou a probabilidade de início do ciclo de cortes já em janeiro de 2026.

A curva de juros cedeu, beneficiando ativos domésticos. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, engatou sua 15ª alta consecutiva, alcançando o 12º recorde seguido, e superando 158 mil pontos. O Banco Central, no entanto, mantém discurso de cautela, reconhecendo a melhora, mas insistindo que o cenário segue desafiador, com mercado de trabalho resiliente, expectativas desancoradas e incerteza fiscal exigindo política contracionista por um período prolongado.

Novos Desenvolvimentos Políticos e Econômicos

A ministra Simone Tebet acredita que não haverá novos bloqueios de gastos no relatório bimestral, citando a boa performance das receitas e o “faseamento” do orçamento. Também indicou que o governo deve buscar, novamente, o piso da meta fiscal para 2026 — mesmo com os bilhões em exceções.

Paralelamente, os EUA e a Índia caminham para um acordo comercial após meses de atrito, com o presidente Donald Trump sinalizando a intenção de reduzir tarifas. A relação entre Trump e o primeiro-ministro Narendra Modi já foi bastante estreita durante o primeiro mandato do republicano, mas se deteriorou após divergências diplomáticas e a escalada da guerra tarifária.

A mudança recente de postura, somada ao cumprimento gradual das novas sanções ao petróleo russo, coloca um acordo comercial novamente no horizonte.

Adoção Institucional de Criptomoedas

2025 marca o “ano da adoção institucional” das criptomoedas, impulsionada por mudanças no ambiente regulatório dos Estados Unidos durante o governo Trump 2.0. Com um arcabouço regulatório mais definido, o mercado tradicional passou a incorporar cripto de forma mais estruturada, reduzindo barreiras operacionais e jurídicas.

A adoção institucional de criptomoedas está relacionada à mudança no ambiente regulatório dos Estados Unidos durante o governo Trump 2.0, que tornou as regras mais claras e previsíveis para bancos, gestoras e grandes instituições – agentes que, por natureza, costumam ser avessos à experimentação e ao risco.

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