Netanyahu nega a retirada de Gaza e afirma que a guerra só findará com a derrota do Hamas
O primeiro-ministro defende o controle contínuo sobre o território e critica pedidos para cessar-fogo até o acordo proposto pelo grupo.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou neste sábado (16) que a retirada total das tropas israelenses da Faixa de Gaza não está em discussão e reiterou que a guerra contra o Hamas só terminará com a derrota completa do grupo. Ele afirmou que o controle de Israel sobre o território será mantido como condição para qualquer acordo de cessar-fogo.
“Nosso monitoramento contínuo de Gaza é uma das condições para o fim da guerra, e o Hamas se recusa a aceitá-la”, disse Netanyahu em pronunciamento. “Desejamos garantir a desmilitarização da Faixa ao longo do tempo, com medidas contínuas contra qualquer tentativa de rearme.”
A declaração ocorre em meio a pressões internas e externas por um acordo que possibilite a libertação de reféns e o encerramento do conflito, que já causou mais de 60 mil mortos em Gaza, segundo informações locais. Em Israel, o conflito teve início após um ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que resultou na morte de mais de 1.200 pessoas e na captura de 251 reféns.
Netanyahu rejeita pedidos de um cessar-fogo imediato.
Netanyahu também se opôs aos pedidos por um cessar-fogo antes da rendição do Hamas. Para o primeiro-ministro, isso apenas fortaleceria a posição do grupo e atrasaria a libertação dos reféns.
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Ele sustentou que uma remoção completa possibilitaria a readaptação do Hamas, seu rearmamento e o retorno a ataques contra cidades próximas à fronteira, incluindo Nir Oz, Kissufim e Sderot.
Solicitar o encerramento da guerra sem a rendição do Hamas assegura que os eventos de 7 de outubro se repitam, o que nos condenaria a um conflito interminável.
De acordo com o governo, 50 prisioneiros israelenses ainda estariam sob custódia do grupo, sendo que apenas 20 deles seriam sobreviventes.
Unidade nacional
Apesar da oposição ao cessar-fogo imediato, Netanyahu indicou que apoia negociações para a libertação dos reféns, contanto que haja a desmobilização militar do Hamas.
“Para liberar os reféns e assegurar que Gaza não represente mais uma ameaça a Israel, é necessário derrotar o Hamas”. Juntos, alcançaremos a vitória e encerraremos o conflito.”
Enquanto isso, protestos em todo o país exigem um acordo urgente. Esperam-se bloqueios rodoviários, passeatas e caravanas, além de greves com adesão de municípios, empresas, universidades e companhias de tecnologia.
Fonte por: InfoMoney