Aproximadamente 91% das crianças e adolescentes entre 3 e 15 anos praticam videogame no Reino Unido, contudo, uma pesquisa recente indica que o vício em jogos pode estar associado à ansiedade, depressão e distúrbios do sono, sobretudo em meninos.
Estudos em Hong Kong, com 2.592 estudantes e adolescentes, revelaram que 31% dos jovens apresentavam comportamentos relacionados a jogos compulsivos, considerando jogador frenético a pessoa que joga por cinco ou mais horas seguidas.
30% dos jovens participantes da pesquisa indicaram que praticam jogo compulsivo pelo menos uma vez por mês, com 14,3% da prevalência em indivíduos do sexo masculino.
Homens e mulheres com jogo compulsivo apresentaram maior incidência de depressão, ansiedade, estresse, solidão, insônia e menor autoconfiança em relação à educação em comparação com indivíduos que não jogam. Os participantes também relataram maiores taxas de um vício preocupante em jogos, denominado transtorno de jogos na internet (TGI).
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O estudo indicou que o jogo compulsivo pode representar um estágio inicial de problemas sociais, de saúde física e mental.
Em junho, uma pesquisa revelou que jovens que utilizam dispositivos móveis por mais de duas horas diárias apresentam um aumento de risco duplicado para desenvolver ansiedade e uma chance quatro vezes maior de sofrer depressão.
O uso excessivo de telas, sobretudo a navegação passiva ou “doomscrolling”, resultou no aumento da ansiedade, depressão, agressividade e impulsividade em adolescentes que participaram de um estudo de nove meses.
Pesquisadores em neurociência relataram que 45% dos adolescentes entre 12 e 17 anos, sem histórico de transtornos mentais, demonstraram sinais psiquiátricos que exigiam avaliação médica mais detalhada.
Resultados diversos
Contudo, outros estudos indicam vantagens em relação aos videogames, por exemplo, em um ano passado, quando pesquisadores identificaram que os jogadores apresentaram melhores resultados em memória, atenção e raciocínio em comparação com aqueles que não praticavam videogame.
Um estudo com 97.000 participantes identificou que essa atividade, frequentemente mal interpretada, apresentou um efeito benéfico na saúde mental dos indivíduos. Os pesquisadores apontaram que a posse de um console de videogame e a prática do jogo contribuíram para a melhora do bem-estar dos participantes.
Fonte por: InfoMoney