O BNDES não sofreu impactos decorrentes da aplicação da lei Magnitsky pelos EUA, afirma Mercadante
A eficiência, a produtividade e a competitividade não podem ser substituídas por imposições e sanções, declarou o presidente do BNDES.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, declarou nesta terça-feira que o banco de fomento não está sendo e nem será impactado pela aplicação da lei Magnitsky pelo governo dos Estados Unidos, que tem gerado incertezas no cenário bancário brasileiro.
“Não possuímos correntistas, não dispomos de nenhuma exposição e não há como ter. Isso se refere mais a eventuais instituições que possuem correntistas que sejam enquadrados”, disse Mercadante a jornalistas após evento na UFRJ, frisando que o BNDES não é um banco de varejo e que não está sujeito aos impactos da lei.
Em julho, o governo do então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aplicou sanções ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, sob a acusação de ter determinado prisões injustas antes do julgamento e de restringido a liberdade de expressão. O ministro era responsável pelo caso envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrentava acusações de planejamento de um golpe de Estado após a derrota nas eleições de 2022 para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Moraes recebeu sanções sob a Lei Magnitsky, que possibilita aos EUA aplicar penalidades econômicas a indivíduos com histórico de corrupção ou violações de direitos humanos. As sanções incluem o bloqueio de todos os bens de Moraes nos Estados Unidos e a proibição de cidadãos americanos realizarem negócios com ele.
O ministro do STF Flávio Dino determinou que cidadãos brasileiros não podem ser impactados no território nacional por leis e decisões estrangeiras referentes a atos praticados no Brasil.
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Os Estados Unidos questionam o PIX, mas se trata de inovação e faz parte da competição entre países; essa é uma mudança que não pode ser questionada na relação comercial entre os países, afirmou Mercadante, citando outro ponto de objeção dos EUA que motivou o tarifário norte-americano contra o Brasil.
“Não se pode substituir eficiência, produtividade, competitividade por imposições e sanções”, acrescentou.
Fonte por: InfoMoney