O ministro Mendonça Campos afirma que não há previsão de encontro entre Lula e Trump durante a Assembleia Geral da ONU
Analista da Esplanada dos Ministérios declara que a proximação com os Estados Unidos dependerá de ações dos EUA e critica as recentes agressões contra o…
Diante do aumento das tensões entre Brasília e Washington, intensificado pela tarifa imposta por Donald Trump sobre produtos brasileiros, o assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim, declarou que não há previsão, por ora, para uma reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o líder norte-americano durante a 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas, que ocorrerá em setembro.
O Brasil, por tradição, é o primeiro a se manifestar na Assembleia, seguido pelos Estados Unidos. Eles podem eventualmente convergir, podem não fazê-lo. Lula sempre demonstra cortesia, isso faz parte de seu perfil, mas, neste momento, não vejo nos planos solicitar um encontro.
O ex-chanceler considerou que “nada é imutável” e que a aproximação dependerá de “gestos que justifiquem” um diálogo mais próximo.
Amorim também reagiu às declarações recentes do vice-secretário de Estado norte-americano, Christopher Landau. Sem citar diretamente o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Landau afirmou que um magistrado brasileiro teria destruído “o relacionamento historicamente próximo do Brasil com os Estados Unidos”.
A declaração foi rejeitada pelo Itamaraty no sábado (9). Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores classificou a afirmação como “um novo ataque à soberania brasileira” e uma tentativa de “não se curvar a pressões, venham de onde vierem”.
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Para Amorim, a resposta da diplomacia brasileira foi correta. Contudo, ele suscitou dúvidas acerca das motivações americanas: “Chego a me perguntar se essas declarações não são deliberadamente inaceitáveis, para provocar uma reação mais severa e justificar uma escalada por parte deles”.
Fonte por: InfoMoney