O plano de contingência pode representar um custo de R$ 9,5 bilhões e ter um impacto limitado na economia
Contudo, o programa de alívio sugere que o impacto líquido sobre a atividade econômica em 2025 poderá ser inferior ao que se previa anteriormente, afirmou.
O governo brasileiro anunciou na quarta-feira (13) um Plano de Contingência em reação às recentes tarifas de importação de 50% impostas pelos Estados Unidos. O plano integra apoio econômico doméstico, medidas de proteção trabalhista e ações de diplomacia comercial.
A equipe macroeconômica da XP aponta que o impacto esperado nas projeções de atividade econômica é modesto, estimando que o aumento de tarifas de Trump possa subtrair até 15 pontos-base do PIB neste ano.
Governo lança plano contra tarifa, com Reintegra, crédito e compras governamentais.
Contudo, o programa de alívio reforça nossa visão de que o efeito líquido sobre a atividade econômica em 2025 pode ser menor do que o previsto anteriormente, destacou. Em julho passado, com o anúncio das exceções ao tarifário de 50%, a XP havia apontado impacto de tarifas em 15 pontos-base; a expectativa anterior, logo após o anúncio do tarifário em 9 de julho, era de impacto de 0,3 ponto em 2025 e de 0,5 ponto em 2026.
Em relação ao balanço comercial, a equipe macro da XP não prevê nenhum impacto adicional em relação ao seu cenário anterior. Os economistas estimam que o aumento de tarifas de Trump teria um efeito máximo de até US$ 3,5 bilhões neste ano nas exportações.
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Em relação às contas fiscais, a perspectiva inicial indica que os impactos serão restritos e devem ser incorporados à estrutura orçamentária vigente.
A previsão indica que o pacote de contingência deverá custar aproximadamente R$ 6 bilhões neste ano. Assim, a projeção de déficit de R$ 63,7 bilhões (R$ 15 bilhões excluindo precatórios) aumentaria para R$ 69,7 bilhões, ou R$ 21 bilhões para atingir a meta de resultado primário, ainda superior ao limite inferior de R$ 31 bilhões de déficit.
A XP destaca que o governo busca uma isenção para eliminar o Reintegra e as transferências, visando assegurar os recursos da meta de resultado primário. “Não se sabe se os efeitos se restringiriam a 2025 – consideramos que poderiam ser aplicados também a 2026”, aponta.
Fonte por: InfoMoney