Padilha considera “ato covarde” o cancelamento de vistos para sua família
O ministro declara que sua filha não existia na época em que o programa Mais Médicos foi estabelecido e se orgulha de ter sido o responsável por sua cri…
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, considerou um “ato covarde” a decisão do governo dos Estados Unidos de cancelar os vistos de sua esposa e de sua filha de dez anos. O Estado apurou que o visto do ministro já estava vencido.
O senador divulgou em suas redes sociais, na sexta-feira, 15, declarou que a ação representa uma tentativa de intimidar “quem não abaixa a cabeça para o Trump, quem não demonstra reverência à bandeira dos Estados Unidos”.
Padilha foi o autor do programa “Mais Médicos”, apontado pelo secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, como justificativa para revogar vistos de outras autoridades de Saúde, incluindo o secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde Mozart Júlio Tabosa Sales e Alberto Kleiman, ex-servidor do governo brasileiro.
O “Mais Médicos” foi criado durante o governo Dilma Rousseff para atender à falta de médicos nos municípios do interior e nas periferias das grandes cidades do Brasil. Inicialmente, a política envolveu contratações principalmente com o governo cubano, historicamente um adversário dos EUA.
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Estou absolutamente revoltado. É uma atitude de covardia, um ato covarde que afeta uma criança de dez anos de idade, que impacta a minha esposa. E as pessoas que o fazem, e o ex-presidente Bolsonaro que orquestra isso, precisam explicar ao mundo inteiro qual o risco que uma criança de dez anos de idade pode ter em relação ao governo americano.
O ministro declara que sua filha não nascia quando o programa Mais Médicos foi criado e se orgulha de ter sido o idealizador da política. Padilha complementa que outros países possuem contratos com profissionais cubanos e não sofreram sanções por causa disso, sob a administração Trump.
Atualmente, não existem parcerias de médicos cubanos no Brasil, mas há em dezenas de países presidentes e primeiros-ministros de direita, de esquerda, de todos os espectros políticos. Qual é a explicação que não tem qualquer tipo de sanção, nenhuma crítica a esses outros países.
Em entrevista à Globonews, o ministro mencionou que a Itália, que possui um governo de extrema direita, é um desses países.
Defendemos a democracia do nosso país, assegurando a saúde do povo brasileiro, sem que nenhuma tentativa de intimidação ou ataque covarde, praticado por qualquer governo contra mim e minha família, seja levada em conta.
Fonte por: InfoMoney