Parinya Parkpoom: Leoa ataca e hospitaliza duas pessoas na Tailândia
Influenciador tailandês é acusado de criar animais selvagens em casa após ataque de animal a homem e criança.

Ataque de Leoa na Tailândia Levanta Questões sobre Detenção de Animais Selvagens
Em 4 de sábado, uma leoa de um ano, pertencente ao influenciador tailandês Parinya Parkpoom, atacou e feriu duas pessoas na província de Kanchanaburi, a cerca de duas horas de carro de Bangkok. O incidente gerou preocupação sobre a posse de animais selvagens no país. A leoa escapou de sua jaula durante o processo de limpeza, conforme relatado pelo Departamento de Parques Nacionais, Vida Selvagem e Plantas da Tailândia.
O dono do animal, Parinya Parkpoom, conhecido por postar vídeos de sua criação, enfrentará até seis meses de prisão e uma multa de 50.000 baht (aproximadamente 8.200 reais) devido à negligência na segurança do recinto. As vítimas foram um homem de 43 anos, com quatro pontos no braço por um golpe da pata da leoa, e um menino de 11 anos, que sofreu ferimentos graves nos quadris devido a mordidas e patadas. O jovem permanece em estado sério.
Parkpoom expressou “chocado” com o ocorrido, prometendo compensações às vítimas e arcar com os custos do tratamento médico da criança. As autoridades apreenderam a leoa e a transferiram para um centro de cuidados com a vida selvagem em Suphan Buri. A situação expõe falhas na fiscalização e na regulamentação da posse de animais selvagens no país.
O incidente ocorreu um mês após um funcionário de zoológico ter sido morto por leões, um evento que envolveu a alimentação pública dos animais. A Tailândia possui mais de 500 leões em cativeiro, incluindo zoológicos, fazendas de criação e residências privadas. A legislação exige microchips e alertas sobre movimentações, mas a regulamentação sobre a estrutura dos recintos e bem-estar animal ainda é insuficiente, conforme apontado pelo jornal Khaleej Times.
Organizações como a World Animal Protection alertam que animais selvagens não devem ser tratados como brinquedos ou objetos de coleção, e defendem a proibição da posse de animais selvagens em locais privados, exceto para fins de conservação ou pesquisa, sob rigorosos padrões de bem-estar animal. Um relatório da Wildlife Friends Foundation Thailand (WFFT) revelou um aumento de 239% no número de leões em cativeiro em sete anos, impulsionado pela demanda por animais exóticos e entretenimento.
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A pesquisa da WFFT identificou práticas preocupantes, como o aluguel de filhotes para fotos e a hibridização de leões com tigres, além de um número alarmante de animais desaparecidos sem rastreabilidade. A situação destaca a necessidade urgente de fortalecer a fiscalização e a regulamentação da posse de animais selvagens na Tailândia.