Pesquisa indica que brasileiros estimam viver até os 80 anos

O estudo em 32 países aponta que a população brasileira apresenta uma das maiores expectativas de vida do mundo, com uma média global de 78 anos.

13/08/2025 17:58

2 min de leitura

Os brasileiros demonstram maior otimismo em relação à longevidade, acreditando que alcançarão os 80 anos, dois anos acima da média global de 78 anos. Isso é o que revela o estudo Attitudes to Ageing 2025, conduzido em 32 países pela Ipsos, empresa de pesquisa de mercado.

O estudo consultou aproximadamente mil pessoas com 18 anos ou mais em cada um dos países envolvidos, no período entre 24 de janeiro e 7 de fevereiro de 2025, totalizando 23.745 participantes.

México (74 anos), Índia (72 anos), Turquia (72 anos) e Hungria (64 anos) indicaram as menores idades como expectativa de vida.

De acordo com a pesquisa, os brasileiros costumam definir a terceira idade a partir dos 65 anos, o que é inferior à idade considerada de velhice pelos italianos e espanhóis, que é de 73 anos, e superior à idade percebida pelos indonésios, que é de 59 anos.

Planos de saúde priorizam idosos, enquanto a demanda por atendimentos pediátricos diminui.

Leia também:

Considerando a idade que consideram o início da velhice (65) e a que esperam alcançar (80), os brasileiros projetam viver 15 anos na terceira idade, um dos períodos mais longos na velhice identificados no estudo. Esse valor só é superado pelos 16 anos registrados na África do Sul e pelos 17 anos registrados na Colômbia, Filipinas e Indonésia.

A população da Hungria acredita que a maioria não viverá o suficiente para atingir a fase final da vida. Os húngaros consideram que o início da velhice é aos 65 anos, embora a expectativa de vida se estenda até os 64 anos.

Millennials (nascidos entre 1981 e 1996) e a GenZ (nascidos entre 1997 e 2010) acreditam que viverão até os 78 e 75 anos, respectivamente.

A expectativa de vida, nesse intervalo entre as gerações dos Baby Boomers e da Geração X, atinge 84 e 80 anos, respectivamente.

Também: Seguro de vida por prazo ou vida protegida: como evitar sobrecarregar seus herdeiros?

Os dados indicam que a maioria das pessoas não demonstra entusiasmo em relação ao envelhecimento. Nos países analisados, 57% declaram não estar ansiosas pela terceira idade, em comparação com 38% que expressam expectativa nesse sentido. A resistência à chegada da velhice varia conforme a renda, o nível de escolaridade e a proximidade da idade avançada, com os jovens apresentando maior otimismo.

No Brasil, contudo, a situação demonstra o contrário. Mais de cinquenta por cento (57%) dos entrevistados manifestaram ansiedade em relação ao envelhecimento, em oposição a 38% que não expressaram entusiasmo com essa perspectiva.

As gerações mais jovens, como a Z e Millennials, demonstram o maior interesse em envelhecer, sobretudo os homens da geração Z (46%) e os Millennials (44%).

Idosos com 60 anos ou mais têm opções para morar com autonomia e apoio em saúde.

As mulheres exibiram consistentemente taxas de expectativa de vida inferiores às dos homens, notadamente na geração Baby Boomer, onde apenas 29% das participantes manifestaram entusiasmo em relação à aposentadoria.

No Indonésia, 89% das mulheres e 88% dos homens, em todas as faixas etárias (de 18 a 74 anos), expressam otimismo em relação ao envelhecimento. No Brasil, 59% das mulheres e 55% dos homens manifestam essa atitude.

Fonte por: InfoMoney

Autor(a):