Operação Rejeito: Escândalo de Corrupção e Influência Política em Minas Gerais
A Operação Rejeito, deflagrada pela Polícia Federal, expôs uma complexa teia de fraudes em projetos de mineração, elevando a pressão sobre o governo do governador Romeu Zema em Minas Gerais. O caso envolveu uma série de personagens políticos e empresariais ligados ao estado, com potenciais consequências para a administração Zema e para o cenário político nacional.
# CPI em Debate na Assembleia Legislativa
Diante da gravidade das denúncias, a possibilidade de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) se tornou iminente. A deputada federal Duda Salabert (PDT-MG) lidera os esforços para instalar a CPI, que poderia ampliar as investigações para órgãos federais, como a Agência Nacional de Mineração (ANM). A proximidade de figuras ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, como Nikolas Ferreira (PL-MG) e, em certa medida, até mesmo o próprio Bolsonaro, intensificou o debate.
# Envolvimento de Figuras Políticos e Empresariais
A investigação revelou um esquema que envolvia empresários, políticos, diretores de órgãos federais e estaduais de Minas, que obtinham autorizações para exploração mineral em locais proibidos através de pagamentos de propinas e influência política. Entre os presos pela operação, destacam-se nomes como Fernando Baliani, ex-diretor Regional da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), e Rodrigo Gonçalves Franco, ex-presidente da Feam, ambos demitidos e readmitidos em um curto período.
# Críticas e Reações Políticas
Deputados da oposição criticaram o governo Zema, acusando-o de omissão e de tentar abafar a situação. A deputada estadual Lohanna França (PV) ressaltou que a operação expõe um crime a ser combatido, um dano ambiental a ser combatido e uma secretaria de meio ambiente a ser vigiada, evidenciando a necessidade de ações mais efetivas. O deputado Professor Cleiton (PV-MG) apontou para uma “quadrilha” que se instaurou na administração do Novo em Minas Gerais, enquanto o senador Alexandre Silveira (PSD-MG) cobrou punições exemplares aos envolvidos.
# Implicações e Desdobramentos
A Operação Rejeito não apenas expõe irregularidades na mineração, mas também revela conexões com o meio bolsonarista, com o apoio de Nikolas Ferreira em sua tentativa de concorrer à presidência do Crea-MG. A proximidade de figuras como Gilberto Horta de Carvalho, ex-assessor de Ferreira, com o ex-presidente Jair Bolsonaro, gerou ainda mais controvérsia e intensificou as pressões sobre o governo Zema. A investigação continua em andamento, com a expectativa de que novas revelações possam impactar ainda mais o cenário político mineiro e nacional.
