Portugal vê oportunidade e aumenta exposição à Bolsa brasileira

A gestora de Stuhlberger considerou o prêmio elevado, levando em conta os fundamentos e a avaliação da empresa, em carta aos investidores.

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A Verde Asset intensificou seu investimento no mercado de ações brasileiro em julho. A gestora, liderada por Luis Stuhlberger, acredita que o nível atual dos preços apresenta chances, ainda que em um contexto de instabilidade política e econômica.

A gestora avaliou que, embora se reconheça a volatilidade no curto prazo, o patamar de preço atual apresenta assimetria positiva e retorno esperado interessante no período médio e longo prazo, conforme divulgado em carta mensal na última sexta-feira (8).

A Verde intensificou a exposição a ações domésticas no mês passado, priorizando empresas com balanços sólidos e baixa dependência de variáveis macroeconômicas mais voláteis. “O foco permanece em negócios de qualidade, com vantagens competitivas claras e capacidade de superar ciclos desfavoráveis”, apontou a carta.

A Verde considera que a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de anunciar tarifas de 50% sobre o Brasil, gerou um cenário político complexo, com impactos na eleição de 2026 e tensões com o Supremo Tribunal Federal. Contudo, a instituição declara não prever alterações significativas nas variáveis macroeconômicas no curto e médio prazo, nem uma longevidade sustentada na popularidade do governo em exercício.

O otimismo moderado com a Bolsa se junta às declarações feitas por Stuhlberger no final de julho, durante a Expert XP 2025, quando avaliou que o mercado dificilmente entrará nas eleições de 2026 precificando vitória confortável de um dos lados. “A gente vai entrar na eleição dificilmente com o mercado precificando mais do que 60% a 40% para o Tarcísio”, disse na ocasião, defendendo o uso de opções como instrumento para aproveitar momentos de estresse.

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A Verde reconhece que a mistura de incertezas internas e fatores externos continua impactando os preços no curto prazo. Contudo, ressalta que o momento é de oportunidade: “O retorno sobre o risco oferecido pela Bolsa brasileira parece elevado, considerando os fundamentos e a avaliação”.

A Verde, independentemente das variações da carteira local, manteve posições táticas em juros reais longos no Brasil e em diversas moedas, com exposição comprada em real versus o dólar. No exterior, a gestora continua com apostas em ações de tecnologia e no mercado de crédito de alta qualidade.

Em julho, o fundo Verde obteve um desempenho de 0,22%, em comparação com 1,28% do CDI no mesmo período, impulsionado por ganhos no balcão de crédito, em criptos e em posições de inflação nos Estados Unidos, que compensaram as perdas em moedas, na bolsa local e no juro real brasileiro. No acumulado de janeiro a julho de 2025, a rentabilidade alcança 7,38%, em contraste com 7,77% do CDI.

Fonte por: InfoMoney

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