Rodrigo Cabral e “Máscara” em operação letal no Rio
Rodrigo Cabral, o “Máscara”, e outros quatro agentes morreram na ação mais letal da história do estado.
Uma operação das forças de segurança nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, resultou em pelo menos 60 mortos, incluindo quatro policiais. Dois dos falecidos eram agentes civis: Rodrigo Veloso Cabral e Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, conhecido como “Máscara”.
As informações foram divulgadas pelo G1.
Além dos policiais, a operação contabilizou a morte de dois policiais militares do Bope (Batalhão de Operações Especiais): Cleiton Serafim Gonçalves e um agente identificado apenas como Herbert. O governo fluminense classificou a operação como a mais letal da história do estado, com 81 prisões confirmadas até a tarde de terça-feira (28).
Marcus Vinícius ingressou na Polícia Civil em junho de 1999, sendo lotado inicialmente na Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), sob a supervisão da inspetora Marina Magessi, que faleceu em 2017. Durante seu período na DRE, recebeu o apelido de “Máscara”, devido à semelhança com o personagem interpretado por Jim Carrey no filme homônimo.
Ao longo de mais de duas décadas de serviço, o agente atuou em diversas unidades, incluindo a 18ª DP (Praça da Bandeira) e a 53ª DP (Mesquita), onde chefiava o Setor de Investigações. Em setembro deste ano, participou de uma operação que desarticulou uma quadrilha ligada ao Comando Vermelho, responsável por roubos de veículos em diversas regiões do Rio de Janeiro.
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Rodrigo Veloso Cabral, com apenas 40 dias de serviço na Polícia Civil, estava lotado na 39ª DP (Pavuna), atuando em uma das áreas mais violentas da cidade, responsável pela região que abrange os complexos do Chapadão e da Pedreira, na Zona Norte.
Ele fazia parte da equipe mobilizada para a megaoperação contra o Comando Vermelho, buscando capturar líderes da facção e conter ações de retaliação nas comunidades.
A operação, denominada Operação Contenção, envolveu uma ação conjunta das polícias Civil e Militar, com a mobilização de aproximadamente 2.500 agentes, veículos blindados, helicópteros e drones. O objetivo, segundo o governo estadual, era desarticular o núcleo central do Comando Vermelho e prender líderes foragidos.
Os confrontos se concentraram nas comunidades do Alemão e da Penha, com represálias se espalhando por outras regiões da cidade.
O Palácio Guanabara informou que a operação continua em andamento em pontos estratégicos da Zona Norte.
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Redação
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