Romeu Zema anuncia pré-candidatura à Presidência em 2026, manifestando críticas a Lula e ao STF

Governador de Minas critica o PT e o Supremo Tribunal Federal em evento do Novo, e defende a saída do Brasil do BRICS.

16/08/2025 13:57

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O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), anunciou sua pré-candidatura à presidência da República em 2026, durante um evento do partido em São Paulo.

Estamos imunizados contra o modelo econômico falido da esquerda. O caminho da prosperidade nós já conhecemos, é defender a livre iniciativa e diminuir o tamanho do Estado. Se foi possível realizar isso em Minas, é possível fazer no Brasil, afirmou o governador, que subiu ao palco acompanhado por “Que País é Este”, com grande aclamação. Vamos combater o lulismo, os aproveitadores do Estado e as organizações criminosas.

Em seu pronunciamento, Zema relatou sua trajetória como empresário de destaque, afirmando ter sido um indivíduo “sem mecenas e sem vantagens”. Ele criticou o PT, direcionou críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), destacou valores como o liberalismo e a livre iniciativa, e mencionou suas ações no governo de Minas Gerais em relação à educação, segurança pública, merenda escolar, contas públicas e infraestrutura.

Até aos 53 anos, minha vida foi empreender e eu sempre tomei uma certa aversão à política, mas então surgiu a crise da Dilma, o que me fez reduzir o quadro da empresa e eu me senti muito indignada, e a situação foi pior ainda em Minas com o governo Pimentel. E foi nesse momento que veio o convite do partido Novo.

Zema é o segundo governador da direita a se apresentar como pré-candidato na disputa ao Planalto, em um cenário incerto diante da inelegibilidade de Jair Bolsonaro (PL) e da definição de seu substituto. Em abril, foi Ronaldo Caiado (União), de Goiás, quem se colocou nessa posição.

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O Brasil que desejamos é o Brasil que trabalha, inova e assume riscos, que inspira orgulho. É com esse Brasil forte que iremos a Brasília para remover o PT do cenário, iremos a Brasília para combater os abusos e perseguições de Alexandre de Moraes. Iremos a Brasília para libertar o Brasil.

O representante do Partido Novo foi eleito governador de Minas Gerais pela primeira vez em 2018 e manteve-se no cargo ao ser reeleito em 2022. Anteriormente, exerceu a carreira de empresário. Ele é ex-presidente do grupo que leva o sobrenome, criado pela bisavó. O conglomerado iniciou suas atividades nos anos 1920, vendendo acessórios, peças e lubrificantes automotivos, e posteriormente passou a comercializar móveis e eletrodomésticos.

Ao apresentar sua pré-candidatura, Zema solicitou que o Brasil “saísse do BRICS” e afirmou que “libertaria o país do Lulismo nas urnas”, sendo acompanhado pela plateia com gritos de “Lula ladrão”.

A família migrou para o Brasil em busca de liberdade e prosperidade, e hoje são os brasileiros que partem com medo da violência e da falta de oportunidades. O Brasil primeiro!

“Fora Lula” e “fora, Xandão”

O evento de sábado foi marcado por críticas ao presidente Lula, ao PT e ao Supremo Tribunal Federal (STF). Estavam presentes cerca de 2,5 mil pessoas, incluindo parlamentares do partido como o senador Eduardo Girã, os deputados Adriana Ventura, Marcel Van Hattem e Ricardo Salles, e houve gritos de “fora Lula” e “fora, Xandão”. Girã chegou a acusar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, de “ditador”. Houve vaias a Lula, e o deputado estadual do Rio Grande do Sul Felipe Camozzato chamou o Supremo de “puxadinho do PT”. Van Hattem, por sua vez, declarou que pretende concorrer ao Senado em 2026 para discutir o impeachment dos ministros do STF.

O Novo ainda visa lançar pelo menos 32 deputados federais e 45 estaduais, e pretende indicar o deputado federal Ricardo Salles (Novo-SP) à candidatura ao Senado ou ao governo de São Paulo, caso Tarcísio de Freitas (Republicanos) decida concorrer ao Planalto.

Com Bolsonaro inelegível até 2030, a direita se move para definir o candidato para o governo federal em 2026, e entre os nomes apontados estão integrantes da família Bolsonaro, governadores da direita como Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, Ratinho Júnior (PSD), do Paraná, além de Caiado e Zema.

O presidente Lula pretende concorrer à reeleição e busca manter partidos de centro, como MDB e União, em seu apoio. Organizações com ministros no governo petista, contudo, indicaram que podem formar uma chapa de oposição na próxima eleição.

Fonte por: InfoMoney

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