Taxas de juros projetadas para cima devido à avaliação de risco em cenário de incertezas geopolíticas

À tarde, a taxa do Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 situava-se em 13,955%, em comparação com 13,916% da sessão anterior.

18/08/2025 17:04

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As taxas das DI encerraram em alta nesta segunda-feira, com maiores avanços em contratos de prazos mais longos, devido à aversão global ao risco causada pelas incertezas geopolíticas e ao foco na perspectiva do Federal Reserve.

Por fim, a taxa do Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 era de 13,955%, em comparação com 13,916% na sessão anterior. A taxa para janeiro de 2028 atingia 13,265%, em relação a 13,19%.

Os contratos de longo prazo apresentavam uma taxa de 13,49% para janeiro de 2031, um aumento de 11 pontos-base em relação aos 13,375% do ajuste anterior, e a taxa para janeiro de 2033 era de 13,64%, com um ganho de 11 pontos em relação aos 13,525%.

Investidores internacionais acompanharam de perto a reunião entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, com o objetivo de analisar a possibilidade de um acordo de paz para a guerra na Ucrânia.

O encontro aconteceu sob a cobertura de um galpão na sexta-feira entre Trump e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, onde ambos informaram que houve avanços. Contudo, a ausência de acordos ou de consenso sobre um cessar-fogo gerou maior pessimismo nos mercados em relação ao futuro do conflito.

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Após a cúpula, analistas consideraram que Trump passou a adotar a postura de Putin em relação à guerra, defendendo um acordo de paz sem a exigência de um congelamento do conflito.

O foco recai sobre a avaliação de riscos geopolíticos. Com a chance de redução no conflito, isso leva à diminuição dos prêmios de risco e ao aumento do apetite por risco, afirmou Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX.

Já no encontro com Zelenskiy nesta segunda, Trump declarou que os EUA “ajudarão” a Europa a fornecer segurança para a Ucrânia como parte de qualquer acordo para encerrar a guerra. Ele também manifestou esperança de que possa ocorrer uma reunião trilateral com Putin e o presidente ucraniano.

Nos mercados externos, a atenção se concentrou nesta segunda-feira no simpósio econômico de Jackson Hole, promovido pelo Federal Reserve de Kansas City, com foco no discurso do presidente do banco central dos EUA, Jerome Powell, agendado para sexta-feira.

Os operadores continuam prevendo, em grande medida, um corte na taxa de juros pelo Fed em setembro, contudo, uma declaração mais firme de Powell contra a inflação, com as tarifas de Trump começando a afetar os preços, poderia alterar essas expectativas.

O título do Treasury de dois anos, que indica as expectativas para as taxas de juros de curto prazo, apresentou alta de 1 ponto-base, atingindo 3,769%.

No âmbito doméstico, o mercado avalia o momento em que o Banco Central poderá iniciar um ciclo de queda da taxa Selic, atualmente em 15%.

O diretor de Política Econômica do BC, Diogo Guillen, afirmou que a autarquia preferiu prosseguir com a pausa no ciclo de alta da taxa Selic, em razão da avaliação contínua sobre se o patamar atual é adequado para conduzir a inflação à meta.

Fonte por: InfoMoney

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