Taxas diminuem devido ao impasse entre Brasil e EUA, com o caso Galípolo sob investigação
À tarde, a taxa do Depósito Interfinanceiro para janeiro de 2027 situava-se em 14,085%, em comparação com 14,122% da sessão anterior.
As taxas das DIs registraram queda nesta segunda-feira, com descidas mais significativas em contratos de prazos mais longos, em meio às incertezas sobre o impasse comercial entre Brasil e Estados Unidos, e com as declarações do presidente do Banco Central sob observação.
Por volta do final da tarde, a taxa do Depósito Interfinanceiro para janeiro de 2027 era de 14,085%, em comparação com 14,122% na sessão anterior. A taxa para janeiro de 2028 registrava 13,315%, em relação a 13,393%.
Os contratos de longo prazo apresentavam uma taxa de 13,4%, com uma redução de 9 pontos-base em relação à taxa anterior de 13,494%, e uma taxa de 13,53%, com uma queda de 8 pontos em comparação com 13,61%.
Com a agenda econômica desprovida de dados, os investidores voltaram a acompanhar as notícias do setor comercial, enquanto o governo brasileiro prossegue nas negociações com Washington em relação à tarifa de 50% imposta pelo presidente Donald Trump sobre produtos brasileiros.
O mercado aguardava, sobretudo, o anúncio de um plano de contingência para empresas brasileiras impactadas pela taxa e o diálogo entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent.
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Em entrevista à GloboNews, Haddad afirmou que a reunião que teria esta semana com Bessent foi desmarcada pelo governo americano, e atribuiu o cancelamento ao resultado da articulação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Em relação ao plano de apoio às empresas brasileiras, o ministro afirmou que o pacote deve contemplar linhas de crédito, o adiamento do pagamento de tributos, compras governamentais de produtos e reformas estruturais para impulsionar as exportações.
Recentemente, os agentes financeiros acompanharam os comentários do presidente do BC, Gabriel Galípolo, que em um evento mencionou que o período entre o final de 2025 e 2026 exigirá monitoramento da autoridade monetária devido a expectativas de inflação desancorada.
Em uma perspectiva externa, a atenção se concentrou nas negociações comerciais entre EUA e China. Uma fonte da Casa Branca declarou que Trump sancionou uma ordem que estende por 90 dias o período de suspensão das tarifas elevadas aplicadas pelos Estados Unidos às importações da China.
Na terça-feira, informações sobre inflação ao consumidor devem influenciar o mercado de títulos dos EUA, que permaneceu próximo da estabilidade durante o dia.
A taxa do Tesouro de dez anos, referência global para decisões de investimento, caiu 1 ponto-base, atingindo 4,275%.
Fonte por: InfoMoney
Autor(a):
Redação
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