Tesouro Direto: taxas diminuem e título prefixado oferece menor rentabilidade em relação ao IPCA de um ano tranquilo

Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) satisfez, porém a inflação nos Estados Unidos fortaleceu a expectativa de redução, ainda que a ameaça de Don…

12/08/2025 12:42

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As cotações de títulos públicos negociados no Tesouro Direto apresentaram queda em âmbito geral nesta terça-feira (12), impulsionadas pela divulgação de dados de inflação considerados brandos tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. O movimento foi parcialmente interrompido por um comentário do presidente dos EUA, Donald Trump, que ameaçou o presidente do Federal Reserve com um processo judicial.

Os títulos apresentaram redução nas taxas de juros em todos os vértices na atualização logo após as 9h de hoje, contudo, as declarações de Trump limitaram o movimento nos títulos indexados à inflação, com os de maior prazo interrompendo as quedas.

Em uma publicação no Truth Social nesta terça, Trump afirmou que está considerando permitir um grande processo judicial contra Powell devido ao “trabalho horrível e grosseiramente incompetente que ele realizou na gestão da construção dos prédios do Fed”.

Às 11h58, o Tesouro Prefixado 2028 oferecia 13,15%, patamar inferior ao de 2025, e o Prefixado 2032 atingia 13,55%, a menor taxa desde 4 de julho. Já o Tesouro IPCA+ 2029 remunerava o investidor com 7,61% ao ano, adicional à inflação, taxa que não era revisada há mais de um mês.

O encerramento da curva de juros se dá após o IPCA de julho apresentar alta de 0,26%, inferior ao piso das previsões, o que pode ser interpretado como um indicativo para o mercado reconsiderar projeções para o início dos cortes na Selic.

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Diante disso, o dólar também caiu, atingindo R$ 5,40, impulsionado pela fraqueza do dólar em nível global após os EUA anunciarem a inflação ao consumidor conforme o esperado.

O mercado reagiu positivamente ao indicador de inflação divulgado, indicando que o Fed poderá diminuir as taxas de juros no próximo mês sem impedimentos, conforme avalia Seema Shah, estrategista-chefe da Principal Asset Management. Dados do CME Group mostram que a probabilidade de um corte de 25 pontos básicos nas taxas em setembro aumentou para 90,1%, enquanto a chance de uma redução de 75 pontos básicos em 2025 é de 55%.

Verifique as taxas dos títulos do Tesouro Direto na atualização de 11h58 desta terça-feira (12):

Fonte por: InfoMoney

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