Tribunal italiano realiza nova sessão do julgamento sobre a extradição de Carla Zambelli

A deputada foi detida em Roma em 29 de julho, após permanecer foragida no país por dois meses.

11/08/2025 14:21

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O Tribunal de Apelação de Roma, na Itália, agendou para quarta-feira, 13, uma audiência para analisar o caso de extradição da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP).

A deputada foi detida em Roma em 29 de julho após dois meses foragida no país. Zambelli teve sentença condenatória do Supremo Tribunal Federal (STF) a dez anos de prisão por ter coordenado um ataque hacker contra o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Após a detenção, Zambelli compareceu à Justiça italiana e escolheu o processo de extradição, que demandará de um ano e meio a dois anos, em vez de retornar sozinha ao Brasil.

O tribunal italiano é responsável por analisar as acusações contra a parlamentar e decidir sobre a extradição.

O Tribunal italiano manteve a determinação de que ela permaneça detida até que os procedimentos sejam finalizados.

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Zambelli espera pelo processo de extradição na prisão feminina Germana Stefanini, localizada no Complexo Penitenciário de Rebibbia.

O jornal O Estado de S. Paulo contatou a defesa de Zambelli e espera resposta.

Extradição de Carla Zambelli

Carla Zambelli, portadora de nacionalidade italiana, viajou para o país para se ausentar de ser presa em decorrência da invasão ao sistema do CNJ com o objetivo de emitir um mandado falso de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes. As investigações indicam que o ataque hacker foi conduzido por Walter Delgatti, que também foi condenado e admitiu ter executado o trabalho sob as ordens da parlamentar.

Ao chegar à Itália, Zambelli afirmou ser “intocável” no país europeu e que, por ser cidadã italiana, não poderia ser extradição ao Brasil. Dois dias antes de ser presa, a deputada publicou um vídeo em seu perfil privado no Instagram no qual alegou estar vivendo como “exilada política” na Itália.

Ademais do ataque hacker, Zambelli está ré no STF por perseguição armada nas eleições de 2022. No início do mês, o ministro Gilmar Mendes determinou que a Advocacia-Geral da União (AGU) inclua o inquérito no pedido de extradição da deputada.

A ação em andamento foi aberta após a deputada ser vista filmada sacando uma arma e apontando-a para um homem na rua em São Paulo. Inicialmente, ela afirmou que o homem a havia agredido, o que foi rejeitado pelos investigadores.

Há outro processo contra Zambelli é o de cassação de seu mandato na Câmara dos Deputados, que deve ser votado ainda neste semestre. Já foram definidas as diligências que serão realizadas, mas ainda não há data marcada para as reuniões. A fase de instrução probatória inclui a oitiva da deputada, que será realizada por videoconferência, e de testemunhas.

Fonte por: InfoMoney

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