O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta segunda-feira que está assumindo o controle do departamento de polícia de Washington e ordenando o envio da Guarda Nacional para o Distrito de Columbia para enfrentar o que ele considera uma onda de atividades ilegais.
O presidente Trump afirmou que enviou a Guarda Nacional para auxiliar no restabelecimento da lei, ordem e segurança pública em Washington, D.C., acompanhado por autoridades governamentais, como o Secretário de Defesa, Pete Hegseth, e a Procuradora-Geral, Pam Bondi.
Nossa capital tem sido controlada por facções violentas e criminosos perigosos.
O anúncio de Trump é seu mais recente esforço para alcançar cidades democratas, exercendo o poder Executivo sobre assuntos tradicionalmente locais. Ele tem rejeitado as críticas de que está fabricando uma crise para justificar a expansão da autoridade presidencial.
Diversos policiais e agentes de mais de uma dezena de agências federais já se concentraram na cidade nos últimos dias.
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A prefeita democratica de Washington, Muriel Bowser, contestou as declarações de Trump, afirmando que a cidade não apresentava um aumento nos crimes e ressaltando que o crime violento alcançava o nível mais baixo em mais de três décadas no ano anterior.
O crime violento registrou queda de 26% nos primeiros sete meses de 2025, após uma redução de 35% em 2024, e o crime geral apresentou declínio de 7%, conforme dados do departamento de polícia da cidade.
O uso de armas de fogo ainda representava um grave problema. Em 2023, Washington apresentou a terceira maior incidência de homicídios por arma de fogo entre as cidades americanas com mais de 500 mil habitantes, conforme dados do grupo Everytown for Gun Safety, defensor do controle de armas.
O presidente republicano utilizou o envio de tropas da Guarda Nacional em Los Angeles, deslocando 5.000 soldados em junho como reação aos protestos contra as ações de imigração de seu governo.
As autoridades estaduais e municipais se opuseram à decisão de Trump, avaliando-a como desnecessária e inflamatória.
O presidente possui ampla autoridade sobre os 2.700 integrantes da Guarda Nacional de Washington, ao contrário dos estados, onde os governadores geralmente detêm o poder de mobilizar as tropas.
As tropas da Guarda Nacional foram enviadas a Washington em diversas ocasiões, incluindo em reação ao ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio dos EUA por uma manifestação de apoiadores de Trump.
Durante seu primeiro mandato, Trump mobilizou a Guarda Nacional para Washington em 2020, com o objetivo de auxiliar na contenção de manifestações majoritariamente pacíficas, decorrentes de protestos em âmbito nacional contra a violência policial, após o assassinato de George Floyd.
Fonte por: InfoMoney
