O empresário Sidney Oliveira, proprietário e fundador da Ultrafarma, foi preso na terça-feira (12) em São Paulo, durante a Operação Ícaro, conduzida pelo Ministério Público paulista para desmantelar um esquema de corrupção no ressarcimento de créditos de ICMS.
Investigações revelaram que o esquema, coordenado pelo auditor fiscal estadual Artur Gomes da Silva Neto, envolveu movimentações de mais de R$ 1 bilhão em propinas desde 2021. Empresas do setor varejista, incluindo Ultrafarma e Fast Shop, são apontadas como beneficiárias.
Como ocorria a fraude
O pagamento de ressarcimentos de créditos de ICMS é um direito de contribuintes que pagaram imposto em excesso, porém o procedimento é burocrático. A acusação é que Artur fraudava e agilizava indevidamente a liberação desses valores, assegurando que não fossem revisados internamente e, em alguns casos, liberando valores superiores aos devidos.
Recebia, em contrapartida, subornos de valor exorbitante através de empresas de intermediação, como a Smart Tax Consultoria, registrada em nome de sua mãe, a professora aposentada Kimio Mizukami da Silva, cuja fortuna aumentou de R$ 411 mil em 2021 para R$ 2 bilhões em 2023.
Indivíduos e organizações sob investigação.
Foram detidos:
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Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em residências, nas sedes da Ultrafarma, Fast Shop e Smart Tax, e em outros locais relacionados a executivos e auditores.
A operação apreendeu R$ 330 mil em dinheiro, US$ 10 mil, 600 euros, joias, duas embalagens contendo esmeraldas, além de computadores, celulares, documentos e uma máquina de contar dinheiro.
Fonte por: InfoMoney