Vale (VALE3) busca retomar liderança global na produção de minério de ferro
Vale segue avançando com o plano para elevar a produção anual em 30 milhões de toneladas, cumprindo a meta para os próximos anos.

Vale Comemora Aniversário do CEO Gustavo Pimenta e Aponta para Recuperação
Nesta semana, Gustavo Pimenta atingiu um marco importante em sua gestão como CEO da Vale (VALE3), concedendo uma entrevista ao Valor para analisar os progressos alcançados e as perspectivas para os próximos anos. A gestão de Pimenta tem sido marcada por desafios significativos, especialmente após a tragédia em Brumadinho, que impactou a obtenção de licenças e a negociação de acordos relacionados a concessões.
Um dos principais triunfos de Pimenta foi a conclusão do acordo referente à barragem de Mariana, o que eliminou um risco considerável associado à tese de responsabilidade. Recentemente, a empresa obteve a permissão para operar o Projeto Serra Sul +20 Mtpa, o que resultará em um aumento de 20 milhões de toneladas anuais de produção de minério de ferro. Além disso, recebeu uma licença prévia para o projeto Bacaba, destinado à produção de cobre.
Esses avanços indicam que a Vale está no caminho de alcançar o aumento de produção anual de 30 milhões de toneladas prometido. Segundo o CEO, essa meta permitirá que a empresa retome sua posição como a maior produtora de minério de ferro do mundo, contribuindo para a redução dos custos, com o custo caixa C1 convergindo para um patamar abaixo de US$ 20/ton (em comparação com US$ 21,8/ton em 2024).
A empresa também está focada na otimização da qualidade do produto. Atualmente, a Vale possui plantas de blendagem, que ajustam a composição do minério de acordo com as condições do mercado. Isso é crucial, considerando que o mercado siderúrgico tem apresentado margens apertadas, o que impacta a disposição das usinas em pagar prêmios por qualidade. A empresa busca maximizar o valor do seu portfólio, adaptando-se às demandas do mercado.
Diante das condições de mercado, que incluem pressão sobre as siderúrgicas, desaceleração da China e perspectivas de demanda de minério de ferro pouco animadoras, a Vale continua a implementar melhorias em volume, custos e licenças. A empresa também está negociando valuation atrativo, com múltiplos de 3,5x ebitda.
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