Dois amigos, Renzo e Nelson, receberam o mesmo convite para uma festa. Eles planejaram juntos a escolha das roupas, o corte de cabelo e o roteiro de chegada, animados com a perspectiva de compartilharem a experiência. A expectativa era de uma noite memorável, repleta de momentos de descontração e alegria.
No entanto, logo após cruzarem a porta de entrada, Renzo e Nelson se separaram, sendo arrastados pela multidão de convidados. A dinâmica da festa os levou a caminhos distintos, alterando seus planos originais.
Após várias horas, Renzo e Nelson se reencontraram. Nelson exibia uma alegria intensa, vestindo uma peça de roupa de outro convidado e descrevendo a festa como a mais animada de sua vida. A noite parecia ter sido uma experiência dionisíaca, marcada pelo hedonismo e pela celebração.
Renzo, por outro lado, demonstrava sinais de desânimo e tédio. Em meio a bocejos, expressou o desejo de retornar para casa, criticando a companhia da multidão, que incluía pessoas interessadas em debates sobre teorias sociais e competições de elaboração de bebidas sem álcool.
Renzo tomou as chaves do carro e se preparava para retornar para casa, sentindo-se exausto e desiludido com a noite. Ele sentia um certo inveja da alegria exuberante de Nelson, que parecia desfrutar plenamente da atmosfera da festa.
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Nelson, percebendo o desconforto de Renzo, aproveitou a tontura que sentia para justificar seu comportamento. De repente, exclamou: “Finalmente, a justiça se reequilibrou entre nós, hahahahah”.
“O quê? Como assim? Do que você está falando, seu bosta? Que merda de justiça é essa em que você pega geral enquanto eu morro com um copo de Ginger No-jito na mão?”.
“Calma, Renzo, preciso te contar uma coisa… Lembra quando compramos juntos aquelas ações da Ambipar, perto do meu aniversário, em julho de 2024?”.
“Ãh, e daí? O que isso tem a ver?”.
“Daí que você zerou a posição no fim de maio, e ganhou uma puuuuuta grana”.
“Sim, e você também!”.
“Não, eu não. Eu só falei pra você que tinha vendido, mas a verdade é que eu fui ambicioso além da conta, achei que podia subir mais, aí não vendi”.
“Não vendeu daquela vez? E aí você vendeu quando?”.
“Esse é o problema: eu nunca vendi”.
“Ah, puta que pariu, entendi agora… Bom, vamos lá no Joakins que eu te pago um lanche enquanto você me conta de novo aquela história do banheiro com luz de neon”.
