A ação da WEG (WEGE3), uma das maiores empresas brasileiras do setor de equipamentos elétricos industriais, tem sido negociada com uma desvalorização considerada incomum em comparação com um grupo de concorrentes globais nas áreas de energia e automação.
Com base na segunda avaliação da XP Investimentos, o movimento iniciou-se após a divulgação dos resultados do primeiro trimestre deste ano (1T25), em abril. A corretora aponta que a variação de preço está parcialmente relacionada a expectativas divergentes de crescimento no curto prazo, sobretudo quando comparada a empresas com maior participação em projetos de transmissão e distribuição de energia (T&D).
(i) expectativas de crescimento consistentemente mais fortes para a WEG e (ii) maior lucratividade, retorno e conversão de fluxo de caixa livre, possibilitados por seu portfólio diversificado e verticalmente integrado que combina produtos seculares e cíclicos, o que garante resiliência ao longo dos ciclos econômicos. “Mais recentemente, no entanto, observamos uma reversão nessa tendência”.
A avaliação de especialistas aponta que a atuação global da WEG, juntamente com seu portfólio diversificado, asseguram à empresa um papel importante no setor de equipamentos elétricos industriais e automação.
Desta forma, isso poderia ser interpretado como uma chance de aquisição.
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Contudo, os especialistas consideram relevante estabelecer o contexto das previsões de crescimento de curto prazo, uma vez que se espera que os lucros apresentem um ritmo de expansão inferior ao dos concorrentes em 2026.
Apesar de certos pares poderem se beneficiar de comparações mais simples em razão dos lucros atuais reduzidos, isso ainda representa um alerta em relação à perspectiva de crescimento orgânico da WEG. Projetamos que a WEG recupere o ritmo de crescimento a partir de 2026, com base na expansão da capacidade de produção, especialmente em T&D (Transmissão e Distribuição), o que deverá impulsionar o aumento dos lucros.
A XP ressalta que, até que essa inflexão se concretize, a ausência de gatilhos de curto prazo deve continuar a influenciar o sentimento dos investidores e restringir o potencial de valorização, mantendo as ações em R$ 44 com recomendação neutra.
Fonte por: InfoMoney